segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Flores no Deserto

Olá. Eu tenho um blog. Mas isto não importa. O que importa é que nele há uma lista de links que julgo dignos de um clique, e entre eles está um entitulado "Flores no Deserto". Muitos se perguntam que diabos são "Flores no Deserto" e o que elas fazem na minha lista de lugares que eu gosto de bisbilhotar na internet. Pra quem já se deu ao trabalho de bisbilhotar, viu que trata-se de uma banda. Certamente uma das bandas mais legais já surgidas no Brasil na última década.

Esqueça os clichês dos rótulos que a indústria musical insiste em fabricar. Vega, a banda, faz um rock despretensioso e muito gostoso de escutar. A vocalista Cláudia Gomes tem formação clássica e tem contato com a música desde os seis anos, o que lhe permite passear por todas as nuances vocais que uma banda deve ter para você chamá-la de sua preferida. A banda se completa com Mingau, baixista com passagens por bandas conhecidas do rock brasileiro, entre elas Ultrage a Rigor, Inocentes e o Capital Inicial. Kleine, produtor musical, tendo produzido trabalhos de Edgar Scandurra, Andreas Kisser, Luis Carlini e outros. Caio é o batera, também multibanda, presente em vários projetos paulistanos.

Hmmmmmm, todo mundo de São Paulo, nhéam? Não, a Cláudia é de Umuarama, Paraná. A Vega é uma banda que me encanta pela harmonia dos dotes vocais da Cláudia e o desempenho dos caras. Devo confessar que eu não gosto de Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, entre outros, salvo algumas pouquíssimas canções que conseguem me tocar. Mas o legal do Vega é que eles não têm essa faceta mainstream que as outras bandas têm e nem querem isso. Como eu falei, eles fazem uma música despretensiosa e gostosa de ouvir. Até por que, se estivessem sob as asas e a pressão de uma grande gravadora com metas de vendas, aí sim, eles não seriam tão espontâneos e livres como soam.

A Vega se diferencia das demais no cenário atual, que julgo muito injusto com os artistas: Sempre incentivados a se reinventar, a seguir alguma tendência, a ter um calendário de lançamentos, a de se preparar para conseguir emplacar um hit, seja no verão, seja na novela... Tudo isso deveria ser consequência de um trabalho feito com naturalidade e não em escala industrial que muita gente anda experimentando por aí...

É como se essas bandas que seguem por aí tentando se reinventar para continuar na ativa ou se mantendo no passado à sombra de seu nome fossem um mar de salgadinhos fabricados em escala industrial e a Vega fosse um biscoito fino no meio disso tudo.

Suas letras falam de superação, de finais, de relacionamentos (consigo mesmo e com o mundo), de insatisfação, e muitas são contemplações da vida ao nosso redor. Atualmente, estão com o segundo disco na praça, que se chama "Novos Tempos". Qualquer dúvida, acesse o site ou clique o play e assista o vídeo de uma das canções mais legais deles:


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